sexta-feira, 24 de maio de 2013

A alegria da volta da estrela

Versículo 10 – E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande alegria.


Esse versículo dá a entender que o fenômeno havia sumido por alguns dias, mas que depois de um tempo eles voltaram a contemplar o aparecimento da estrela e a seguiram e ela se posicionou no céu servindo de referencia para onde estava a criança. Essas junções planetárias realmente de acordo com os cálculos também tiveram seus intervalos. Quando a estrela voltou a brilhar eles se alegraram em extremo. É possível que no período do intervalo em que o fenômeno desapareceu eles tenham ficado preocupados. Mas a estrela voltou e eles continuaram com a missão de encontrar o Cristo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O universo se move em função do Messias


Vs. 8 – e, enviando-os a Belém, disse-lhes: ide, e perguntai diligentemente pelo menino; e, quando o achardes, participai-me, para que também eu vá e adore.
Herodes arquitetou um plano muito bem amarrado para conseguir chegar ao Messias e sob o pretexto de também o adorar, mas com a intenção objetiva de matá-lo e assim impedir seu reinado. Aproveitando-se das boas intenções dos magos ele arquitetou chegar ao menino. E Herodes não costumava falhar quando o assunto era assassinar para assumir ou permanecer no poder. Já havia assassinado grande parte dos líderes dos judeus e até entre seus familiares para assegurar-se ao governo.
Versículo 9 – e tendo eles ouvindo o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
Conforme cálculos de estudiosos da astronomia houve uma junção de planetas na época do nascimento de Jesus. É possível que a estrela que os magos viram no oriente seja exatamente o planeta Vênus.  O que seria ainda assim um milagre, mostrando que o universo estava programado para registrar tal data, fazendo surgir na parte oriental da vista das pessoas ali em Belém chegando a parecer que estava sobre o menino. O que acabou servindo de guia para os magos. Portanto, de acordo com estudos de famosos astrônomos, dentre eles, Johanes Keppler, o universo se moveu em função do nascimento de Jesus.

domingo, 19 de maio de 2013

A cidade de Davi


Vs. 6 – E tu Belém, terra de Judá de modo nenhum é a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo Israel.
Era uma referência citada pelo evangelista enfatizando o nome Belém de Judá, sem fazer referência ao nome “Efrata” que estava originalmente na profecia. Tanto Belém (Casa de Pão) quanto Efrata(frutífera) apontam para a prosperidade daquela cidade. Diga-se de passagem que ela tinha sido conhecida na época como Cidade de Davi, porque ele tinha nascido ali. Mas a profecia não fazia referência a Davi, mas sim a um Rei muito maior: o Senhor Jesus. Não havia lugar mais apropriado para Jesus nascer: aquele que ocuparia o Trono de Davi, nasceria na mesma terra natal dele. O “Guia” é uma expressão ligada ao senhorio, ao governo ou ao reinado do Messias. O Guia de Israel havia nascido em Belém de Judá, exatamente como dizia a profecia milhares de anos antes.
Vs. 7 – Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles inquiriu com precisão acerca do tempo em que a estrela aparecera;
Observemos que ele chama secretamente os magos, porque em sua cobiça pelo poder ele estava mais aguçado que os principais dos sacerdotes e mesmo que não cresse na profecia, não poderia correr o risco de outra dinastia que não a sua, governar futuramente a Israel. Mas a imagem que ele passou para os magos é a de que desejava adorar também o rei da profecia. A estrela que aparece como sinal para os magos é possivelmente uma junção de planetas que ocorreu naquela época, conforme estudos de grandes nomes da astronomia, dentre eles o famoso Johanes Kepler. O tempo conforme inquirição girava em torno de uns seis meses entre o aparecimento da estrela e o nascimento do menino.

A autorização para cuidar do Messias

sábado, 18 de maio de 2013

A prosperidade de Judá


Vs. 4 – “e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhe onde havia de nascer o Cristo”.
Herodes reuniu a mais alta comissão – possivelmente do sinédrio – para inquirir a respeito do que os magos estavam apregoando. E a comissão começou a perguntar de maneira direta sobre o local do nascimento do Messias. O governador da Judeia tinha interesse em saber exatamente o local e por isso convocou nata religiosa para descobrir a localização. A intenção do monarca não era nada boa.
Vs. 5 – Responderam-lhe eles: em Belém de Judá; pois assim está escrito pelo profeta:
Os magos fazem aqui uma referência a Miquéias 5:2 que predizia sobre a vinda do Messias originando de Belém de Judá. Belém cujo significado é “Casa de Pão” dando a entender que era um lugar frutífero. De acordo com a profecia aquele lugar seria de fato um lugar próspero e a maior das prosperidades seria dar ao mundo o Messias – Jesus Cristo. É interessante a interpretação acertada da comissão de magos, que certamente tinha representantes judeus que moravam nas regiões orientais.

Os magos do oriente

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Os magos do oriente


A Visita dos Magos
Mateus 2:1-3
Versículo 1 – “tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam:”
A origem dessa narrativa de Mateus é desconhecida, mas é possível que tenha sido preservada pelas igrejas antigas de Antioquia ou da Judéia. Vemos aqui algo importante: Jesus nasceu em Belém de Judá, ou Belém Efrata como era conhecida no Velho Testamento para diferenciá-la de outra Belém, do território de Zebulom. É interessante que apesar de nascer de forma desconhecida por Israel o nascimento de Jesus não passou despercebido por um grupo de magos (astrólogos, mágicos, encantadores, sábios...) que vieram de alguma parte oriental. Eles identificaram um sinal nos céus e seguiram-no.
Versículo 2 – “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”.
É importante destacar que os magos identificaram um sinal nos céus e o associaram com a vinda do Cristo. Isso porque já havia naquela época uma expectativa quanto à vinda do messias, conforme havia sido previsto pelos profetas do Velho Testamento. Era parecido com o que ocorre hoje em relação à volta de Jesus para o arrebatamento da igreja. Já existe certa expectativa e alguns homens, como aqueles magos, estão atentos aos sinais. E realmente havia tal expectativa, de que a qualquer momento nasceria o Ungido do Senhor. Os magos viram naquele sinal, talvez por meio de uma revelação, que ele havia nascido: o rei dos judeus. Os magos vieram adorá-lo, uma narrativa que a igreja antiga usava para ensinar que aquele evento era um sinal profético de que um dia todos, até mesmo os adeptos da magia e da feitiçaria, se prostrarão diante do Rei Jesus.
Versículo 3 – “O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém”;
Duas perturbações reveladoras. A primeira: a do rei Herodes, que por usurpar o poder havia matado sem piedade a alguns de sua família e que agora sentia-se ameaçado por aquela nova dinastia. Ele era governador de Israel com o consentimento do império romano, que tinha essa forma organizada de comandar seus governados, deixando alguns poderes paralelos do próprio povo subjulgado.
A segunda perturbação reveladora era a de Jerusalém, que indicava que os magos chamaram a atenção. É provável que tenham entrado na cidade com uma caravana – como era de costume aquele tipo empreitada. Na época eles viajavam em não pequenos grupos para suas rotas comerciais. Portanto, dificilmente seria o caso de apenas três magos, conforme ensina a tradição.
Mas, naquele dia eles não vieram para negociar. Estavam perguntando pelo messias e isso causou inquietação e alvoroço, pois, era um assunto polêmico de um evento que muitos aguardavam. É razoável pensar que entre os magos havia alguns judeus, pois era comum que alguns deles na época fossem estudar astrologia na Babilônia na escola de Sipar. Esses, por certo teriam interesse em saber sobre o nascimento do Messias e por isso devem ter incentivado a partida da caravana para Belém.

Saiba mais sobre a Bênção do Filho de Davi


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Emanuel é Deus conosco


Vs. 22-23 – “Dito pelo profeta, eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”.
Nós já vimos que era necessário o nascimento virginal para que o surgimento de Jesus estivesse fora do juízo determinado sobre a casa de Jeconias, o que poderia impedir a legitimidade de Jesus ao trono de Davi. Mas, para que ocorresse esse milagre uma condição foi fundamental: “o Emanuel, ou seja, Deus conosco”. As pessoas se perguntavam antes do advento: “como pode uma virgem gerar filho”? Só foi possível tal maravilha porque Deus esteve conosco encarnado no Cristo, é literalmente Deus conosco, habitando entre os filhos dos homens. Para que isso ocorresse seria necessário que fosse gerado diretamente pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem, sem a interferência genética humana. O Deus Filho esteve conosco e habitou entre nós. Não foi um nascimento humano simplesmente, mas foi gerado pelo Espírito trazendo o Filho de Deus ao mundo: é Deus Conosco, conforme previu o profeta Isaias no capítulo 14:7. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Filho de Davi


Vs. 20 “E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu o anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo”.
Vemos agora a intervenção divina tempos depois que Jose sofrera com a ideia secreta de deixar Maria. Não sabemos por quanto tempo ele ficara maquinando esse propósito. E numa noite o anjo do Senhor lhe aparece e diz para ele providenciar o matrimônio sem hesitar e confirmou o que possivelmente Maria já havia lhe falado: o que nela estava gerado era do Espírito.
Nota
É importante frisarmos o pano de fundo de tudo isso, em Mateus: o trono de Davi. Vejam bem que o anjo pronunciou a seguinte expressão ao chamar José no sonho: “José, filho de Davi”. Isso porque o contexto era messiânico. E ali o anjo estava autorizando a ele cuidar do Rei dos Reis, naquela etapa tenra da vida do Messias. Um privilégio incomparável e nobre. Estava ali quebrada a maldição de Jeconias, desde que José aceitasse tal incumbência divina.
Vs. 21 – “ela dará a luz a um filho, a quem chamará Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
José iria dar o nome ao seu filho. A maldição estava rompida a partir do momento que houve o milagre da conceição sem a intervenção paterna. E agora ao dar o nome ao filho, José estava assumindo o direito novamente de sua linhagem de ser pai do Messias, o Rei de Israel. E o nome não poderia ser mais apropriado: JESUS. E o motivo? Como o próprio nome de Jesus indica, significa que ele salvaria o povo dos seus pecados. O primeiro passo da salvação.
Nota
A palavra “pecado” aqui no original grego significa “errar o alvo”.

José achava que o problema estava em Maria, mas o problema era nele


segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Nascimento de Jesus



Mateus 1:18-25
Versículo. 18 “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida do Espírito Santo”.
José estava desposado, isso porque de acordo com a lei judaica o noivado se equivalia ao casamento. Mas não coabitavam, possivelmente não moravam juntos e com certeza não tiveram atos sexuais.
Imaginemos a surpresa de José quando sua noiva achou-se grávida. Certamente ele ficou indignado, mas sua afeição a ela prevaleceu para que não pedisse o divórcio, que poderia ser de maneira pública ( Deut. 22:23-24) ou particular (Deut. 24:1).
Versículo. 19 “E como José era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente”.
Ele poderia ter alegado razões legais para divorciar-se de Maria. Mas isso a exporia por demais perante a comunidade judaica. Então ele intentou um meio mais fácil de cumprir a lei (era justo) e ao mesmo tempo não a iria infamar. Por outro lado, a lei judaica determinava que se fosse o caso ele teria que cuidar dela. Por isso planejou um meio de livrar-se dela e dentro da lei não infamá-la, ou seja, faria isso com o mínimo de testemunhas.  
Nota
Parece ironia, mas o problema maior não estava nela e sim nele. Como estamos falando do livro de Mateus, precisamos enfatizar a situação de Jesus como rei. E se estivesse ligado à descendência de José, mesmo sendo filho de Davi, Jesus não teria direito ao trono, porque a maldição de Jeconias (vimos no versículo 11) estava sobre a linhagem paterna dele. Mas a linhagem de Maria estava fora desse juízo e era também descendente de Davi. Por isso Jesus poderia ter nascido no ventre de Maria, porém gerado pelo Espírito, para que se livrasse da maldição e pudesse reivindicar o seu trono por direito.

A maldição de Jeconias se opondo à bênção de Judá


sábado, 11 de maio de 2013

Jesus que se chama o Cristo


Versículo. 11 – “Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia”.  Vemos aí – como citamos anteriormente – a mesma expressão vista quando se falou de Judá. “Jeconias e as seus irmãos” e “Judá e as seus irmãos” só foram citadas duas vezes durante toda a genealogia. Mas porque isso? Simplesmente porque esse é o pano de fundo de toda a genealogia: a bênção em meio à maldição.
Em Jeconias durante o cativeiro babilônico ocorreu uma maldição ou um juízo que poderia ter comprometido o reinado messiânico. Isso porque nem Jeconias ou qualquer um de seus filhos poderia assumir mais o reino. Era a maldição. E se ela prevalecesse, Jesus como descendência deles também legalmente não poderia.
Mas, em Judá havia a profecia de uma bênção. O reino seria estabelecido para sempre: “o cetro não se arredará de Judá”. Portanto entre seus irmãos, Judá teve essa promessa destacável, porque dele adviria o Messias, que estabeleceria o trono de Davi para sempre.
Portanto, teríamos aí um problema: como a bênção de Judá poderia se cumprir, se havia a maldição de Jeconias?
Foi aí que entrou Maria, como veremos mais adiante. A linhagem dela não sofreu a maldição, mas somente a de José, seu marido. Mas como ela era virgem, e também descendente de Davi como José, ela não foi contaminada com a maldição que ficou restrita à linhagem de José. Por- tanto Jesus era descendente de Davi tanto da parte de mãe como de pai, ainda que este fosse apenas um pai de criação. E por meio de sua mãe ele teve pleno direito de reivindicar ao trono sem que a maldição o impedisse.
Versículos. 12 – 16Depois do exílio em Babilônia... José marido de Maria da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. Mateus utiliza o termo “exílio” no lugar de “cativeiro”, amenizando a situação, respeitando assim os seus compatriotas. Mas não tinha como esconder que houve um período de juízos. Tanto o cativeiro como a maldição de Jeconias. Observa-se que a partir de seu filho Salatiel até José, não houve um rei sequer. Mas Jesus rompe essa situação e Mateus destaca: “da qual nasceu Jesus”, um termo referindo-se exclusivamente a Maria, sem a participação paterna de José, cuja descendência davídica estava sob o juízo, diferente da linhagem dela.
Versículo. 17 – “De sorte  que todas as gerações desde Abraão até Davi, são catorze... desterro para a Babilônia...até Cristo, catorze”. Mateus destacou três eventos marcantes na vida de Israel ligados ao seu governo: o reino, o cativeiro e o Messias. E o interessante é que ele fez uma contagem de gerações omitindo algumas, de tal maneira que a divisão entre cada um dos eventos foi de 14 gerações.
Acredita-se que o autor tenha feito isso deliberadamente para de forma sutil enfatizar o nome Davi. Isso porque no hebraico o valor numérico do nome Davi é exatamente o “14”. É como se quisesse frisar em cada período ou evento, que o trono de Davi ficaria fixado para sempre, independente do que acontecesse. Dessa forma, mesmo no período do cativeiro ficou estabelecido que o trono de Davi seria para sempre. E quando Jesus veio na qualidade de Messias, foi para assumir o trono de Davi e todas as suas promessas.

A vitória do Leão da Tribo de Judá



sexta-feira, 10 de maio de 2013

O cetro não se arredará de Judá - Mateus 1: 5 - 6


Versículo 6 – Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias.
Outra tortuosidade em pauta. Desta vez, a do próprio rei Davi. O trono é o de Davi que abriu a linhagem de reis que chegariam a Jesus o Rei dos Reis. Mas, apesar de ter sido um rei valoroso pelas vitórias que obteve à frente de Israel estabelecendo sua cidadania, ele errou. E em relação ao seu filho herdeiro do trono ele teve o grande erro de sua vida. Cobiçou a Bateseba mulher de um de seus soldados fiéis: Urias.
Em sua cobiça o rei forçou a morte do valente para ficar com sua esposa. Mas quando caiu em si com a dura advertência do profeta enviado por Deus, Davi sentiu o peso de seu pecado e o juízo de Deus. No Salmo 51 ele chegou a clamar: “não me lances fora de sua presença ó Deus e não retires de mim o teu Espírito Santo”.
Observa-se que no versículo em si ao citar Davi o autor faz questão de destacá-lo dos demais, como rei, daí o termo próprio do texto: “Jessé gerou ao rei Davi”. É a nota principal do livro de Mateus: mostrar que como filho de Davi, Jesus é rei.
Versículos 7 – 10 –Salomão, Roboão, a Abias....Amom a Josias”. Uma sucessão de reis da linhagem davídica onde uns eram bons e outros obravam mal. “E fez o que parecia reto aos olhos do Senhor” ou “e fez o que parecia mal aos olhos do Senhor”, foram  termos comuns no relato da performance de cada um dos reis que sucederam a Davi.
Com um detalhe interessante: no reinado do rei Roboão, filho de Salomão houve a divisão do reino ficando o Sul contra o Norte. Em seguida passou a ter em Israel duas capitais: Jerusalém estabelecida por Davi e Samaria que passou a ser a capital do reino do Norte. De um lado ficaram as tribos de Judá e Benjamim, formando o reino do Sul contra as demais tribos formando o Norte.
Mas a profecia em Gênesis dizia: “o cetro não se arredará de Judá”. O reinado deveria ser ali e a promessa do Reino Messiânico está ligada a Judá, o que equivale a dizer que “o reino não arredará de Judá”. Tanto é assim, que apesar da variação entre reis bons e ruins pelo menos o reino do Sul, ligado a Judá conseguiu manter uma dinastia em suas sucessões. Já no reino do norte, fora de Judá, não foi possível manter uma constância na dinastia.
Essa variação entre reis bons e ruins era um prenúncio de que um dia viria um Rei perfeito em seu reinado. É o que ocorrerá com o Reino do Messias durante o milênio aqui nesse mundo. Durante um período de mil anos as nações verão o que é um reinado perfeito .

Porque haviam mulheres na genealogia de Jesus? E a ligação surpreendente entre Raabe e Rute


quinta-feira, 9 de maio de 2013

A bênção superando a Maldição - Mateus 1:2-5


Vs. 2 – 4. “Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó a Judá e a seus irmãos; Judá gerou de Tamar a Perez...”.
Vemos aí dois detalhes importantes. Jesus é descendente de Judá, conforme a profecia do Leão da Tribo de Judá. E em sua genealogia aparecem mulheres, o que não é comum. Uma delas é Tamar, que em Gênesis 39:29-30 conseguiu forçar sua entrada para a descendência de Jesus. Ela era esposa de Er, que morreu sem lhe dar um filho. Ela então se disfarçou de prostituta e seduziu seu sogro Judá se tornando mãe dos gêmeos: Perez e Zera. Era uma mulher pecadora, mas conseguiu escapar da maldição e ainda entrar para a descendência do Messias.
Outro detalhe importante é a expressão: “Judá e a seus irmãos”. Esta expressão: “e a seus irmãos” só será citada mais uma vez na genealogia, ao se falar do rei Jeconias no versículo 12. Mais adiante explicaremos essa comparação e porque o texto bíblico teve o cuidado de destacar essa citação somente nesses dois casos.
Na verdade, em breve mostraremos que em toda a genealogia de Jesus o pano de fundo é um triunfo da bênção sobre a maldição e de caminhos tortuosos sendo alinhados para o cumprimento da grande profecia do Velho Testamento: a vinda do Messias.
Vs. 5 –  Salmom gerou de Raabe a Boaz; este de Rute gerou a Obede; e Obede a Jessé.
Que informação interessante! Se não fosse a descrição na genealogia de Jesus dificilmente saberíamos que Raabe teria alguma ligação com Rute e com a linhagem de Jesus. Depois que honrou sua primeira sogra Noemi, Rute teve como sogra a Raabe. A dúvida seria se a Raabe da genealogia é a mesma do muro de Jericó, que foi poupada por Israel nos dias de Josué, quando da invasão daquela cidade. O interessante é que o texto no original traz o artigo “a” quando cita seu nome. Diz assim: “a Raabe” e não uma Raabe qualquer. E o fato dela ser sogra de Rute é bem razoável, pois, a história da moabita que se casou com Boaz, veio daquele período mais campesino de Israel, logo depois entrada na terra de Canaã, próximo ao período dos juízes e não muito distante do advento da queda de Jericó.
Quem diria que Raabe entraria para a genealogia de Jesus?
Vemos aqui mais dois caminhos tortuosos sendo endireitados. Primeiro Raabe, que seria condenada junto com Jericó, mas que foi poupada por ter abrigado os espias de Israel quando foram observar a cidade a ser invadida. E Rute que era moabita, mas que acabou se casando com um israelita, que juntamente com seu irmão formavam os nomes “Quiliom e Malom”, cujos significados são: “fraco e enfermo”. Sua primeira ligação com Israel foi assim muito frágil, tanto assim que ambos morreram sem deixar descendência.
O que esperar de uma sogra que não pudesse mais dar descendentes? Era o caso de Noemi e ela deixou isso claro para Rute ao tentar convencê-la a seguir com sua vida e buscar um herdeiro com alguém de Moabe, sua terra natal. Mas, Rute estava apegada a Noemi e ao seu povo e costumes. Uma decisão nobre, porque sabia que não poderia ter descendentes. E essa nobre decisão a permitiu não somente a ter de descendência, mas também fazer parte da linhagem do Messias.
Dois caminhos tortuosos que foram endireitados pelo poder transformador de uma linhagem profética que daria o Salvador ao mundo. Rute teve um marido cujo nome era símbolo de fraqueza, mas se casou com um homem de Judá, Boaz cujo nome significa força. E na sua força ele a remiu conforme os ritos da lei para que pudesse se casar novamente.
E com Raabe não foi diferente. Ela foi salva por Josué, que orientou que ela fosse de fato poupada juntamente com sua casa. E inclusive o nome Josué é da mesma raiz do nome Jesus, que significa “salvação”.
Complemento
Portanto, contrário ao costume, a genealogia em Mateus cita o nome de quatro mulheres: Tamar, Raabe, Rute e Bateseba. Todas haviam sido gentias, talvez num tipo profético da igreja, que seria salva entre as gentes. E que coisa hein? Tamar foi adúltera, Raabe uma meretriz, Rute uma viúva sem descendência e Bateseba que foi seduzida pelo rei Davi. Todas tinham suas limitações, mas cumpriram um propósito em Jesus, porque na linhagem messiânica a bênção superou a maldição.

Porque Jesus é chamado de Leão da Tribo de Judá?



quarta-feira, 8 de maio de 2013

A raiz de Davi


Livro da Genealogia do Messias


Mateus 1:1-17
Vs. 1 – “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”.
Se formos pegar a primeira expressão “livro”, no sentido original o autor usou um termo no grego, que difere de papiros comuns, mas com uma conotação de algo com qualidade sagrada e de veneração. Aliás, só de analisarmos alguns detalhes da genealogia de Jesus fica claro que a bíblia está realmente muito longe de ser um livro comum.
Nota: quando Mateus está falando que Jesus é filho de Davi e de Abrão ele não quer dizer uma paternidade imediata, mas, sim uma descendência indireta.
O evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Reis dos Judeus e foi historicamente escrito para a nação de Israel. Daí a descendência a partir de Abraão, para mostrar que ele veio do patriarca dos hebreus e de Davi, deixando claro que por sua condição familiar ele já tinha o direito de ser rei.
No nome “Jesus Cristo” temos a junção do hebraico e do grego. Jesus vem do hebraico “Jeshua” cujo significado é “o Senhor é a salvação” ou Josué. E Cristo vem da palavra grega “Mashiah” ou Messias, que significa “ungido”. Jesus Cristo é um nome que une o hebraico, língua original de boa parte do Velho Testamento e o grego, que foi o idioma utilizado para se escrever o Novo Testamento.
Nota
A figura central de Jesus no evangelho de Mateus é Rei, o Leão da Tribo de Judá. Em Gênesis 49:9-10 – “Judá é um leãozinho... deita-se como leão velho... quem o despertará?” Mostrando que viria inicialmente como um leãozinho e seria rejeitado pelos judeus. O próprio Império Romano não lhe deu a devida consideração, mesmo sendo um rei cuja descendência era autêntica o suficiente para reivindicar o trono de Davi. Mas, na época ele era apenas um filhote e por isso não representava uma grande ameaça. Mas, no milênio ele será um leão adulto. Ninguém vai querer incomodá-lo e tirá-lo do seu descanso. Quem se atreveria a despertar um leão adulto? As nações o temerão e o adorarão por temor.
Em Apocalipse 5:5“... eis aí o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e seus sete selos”. João viu o cumprimento da profecia de Gênesis. Lá em Gênesis o versículo 10 já apontava Jesus como o Leão de Judá, e o versículo 11 do capítulo 49, completou a profecia dizendo ainda que o cetro não seria arredado de Judá, ou seja, dessa tribo viriam os reis de Israel  e o Rei dos Reis. E agora esse versículo de apocalipse mostra o Rei Jesus e sua vitória como leão, forte o suficiente para desatar os selos relacionados às profecias que precisavam se cumprir dentro do Projeto da Salvação. Enquanto Mateus disse que ele era filho de Davi aqui em Apocalipse confirma que ele é da raiz de Davi, ou seja, da linhagem real e por direito Rei dos Reis.
Ao compararmos os textos vemos a relação de Jesus como filho de Davi com a figura do Leão da Tribo de Judá, cujo patriarca é bisneto de Abraão. Daí a expressão no verso 1: “filho de Davi e de Abraão”. Ele é tanto da linhagem de Abraão como de Davi, ou seja, o legítimo Rei de Israel.