sábado, 11 de maio de 2013

Jesus que se chama o Cristo


Versículo. 11 – “Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia”.  Vemos aí – como citamos anteriormente – a mesma expressão vista quando se falou de Judá. “Jeconias e as seus irmãos” e “Judá e as seus irmãos” só foram citadas duas vezes durante toda a genealogia. Mas porque isso? Simplesmente porque esse é o pano de fundo de toda a genealogia: a bênção em meio à maldição.
Em Jeconias durante o cativeiro babilônico ocorreu uma maldição ou um juízo que poderia ter comprometido o reinado messiânico. Isso porque nem Jeconias ou qualquer um de seus filhos poderia assumir mais o reino. Era a maldição. E se ela prevalecesse, Jesus como descendência deles também legalmente não poderia.
Mas, em Judá havia a profecia de uma bênção. O reino seria estabelecido para sempre: “o cetro não se arredará de Judá”. Portanto entre seus irmãos, Judá teve essa promessa destacável, porque dele adviria o Messias, que estabeleceria o trono de Davi para sempre.
Portanto, teríamos aí um problema: como a bênção de Judá poderia se cumprir, se havia a maldição de Jeconias?
Foi aí que entrou Maria, como veremos mais adiante. A linhagem dela não sofreu a maldição, mas somente a de José, seu marido. Mas como ela era virgem, e também descendente de Davi como José, ela não foi contaminada com a maldição que ficou restrita à linhagem de José. Por- tanto Jesus era descendente de Davi tanto da parte de mãe como de pai, ainda que este fosse apenas um pai de criação. E por meio de sua mãe ele teve pleno direito de reivindicar ao trono sem que a maldição o impedisse.
Versículos. 12 – 16Depois do exílio em Babilônia... José marido de Maria da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. Mateus utiliza o termo “exílio” no lugar de “cativeiro”, amenizando a situação, respeitando assim os seus compatriotas. Mas não tinha como esconder que houve um período de juízos. Tanto o cativeiro como a maldição de Jeconias. Observa-se que a partir de seu filho Salatiel até José, não houve um rei sequer. Mas Jesus rompe essa situação e Mateus destaca: “da qual nasceu Jesus”, um termo referindo-se exclusivamente a Maria, sem a participação paterna de José, cuja descendência davídica estava sob o juízo, diferente da linhagem dela.
Versículo. 17 – “De sorte  que todas as gerações desde Abraão até Davi, são catorze... desterro para a Babilônia...até Cristo, catorze”. Mateus destacou três eventos marcantes na vida de Israel ligados ao seu governo: o reino, o cativeiro e o Messias. E o interessante é que ele fez uma contagem de gerações omitindo algumas, de tal maneira que a divisão entre cada um dos eventos foi de 14 gerações.
Acredita-se que o autor tenha feito isso deliberadamente para de forma sutil enfatizar o nome Davi. Isso porque no hebraico o valor numérico do nome Davi é exatamente o “14”. É como se quisesse frisar em cada período ou evento, que o trono de Davi ficaria fixado para sempre, independente do que acontecesse. Dessa forma, mesmo no período do cativeiro ficou estabelecido que o trono de Davi seria para sempre. E quando Jesus veio na qualidade de Messias, foi para assumir o trono de Davi e todas as suas promessas.

A vitória do Leão da Tribo de Judá



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